Encontrei este artigo num jornal transmontano. Chama-se. "A Voz do Nordeste" .
E aqui o deixo citado:-
"Ciclicamente surgem notícias ou circulam rumores acerca da Maçonaria.
No entanto, porque é um tema pouco divulgado, é susceptível de levantar receios, confusões e reacções primárias de rejeição, especialmente por parte de pessoas pouco informadas, com um nível cultural baixo (não necessariamente baixas habilitações académicas) ou por fanáticos religiosos.
Em Portugal, existem várias Grandes Lojas (organizações ou obediências Maçónicas). O GOL (Grande Oriente Lusitano) é considerado como sendo da Maçonaria irregular, ou seja, os seus membros são considerados laicos. Pelo contrário, a GLNP (Grande Loja Nacional Portuguesa) e a GLLP (Grande Loja Legal de Portugal), pertencem à Maçonaria regular, ou seja, os seus membros são crentes, tendo obrigatoriamente que acreditar na existência de um Ser Supremo, Deus.
A figura máxima na hierarquia da Obediência Maçónica é o Grão Mestre.
De acordo com o conteúdo da página Web http://www.glnp.pt/, a Maçonaria regular pode ser assim definida:
A Maçonaria é uma associação livre de pessoas independentes, as quais não dependem senão da sua consciência e se empenham em pôr em prática um ideal de paz, de amor, de fraternidade para todos.
A Maçonaria encontra o seu fundamento essencial na fé num Poder Supremo. Os seus princípios resumem-se nestas duas máximas: “Conhece-te a ti mesmo” e “ Ama o próximo como a ti mesmo”.
A Maçonaria tem como fim, o aperfeiçoamento moral dos seus membros e da humanidade e como meio, a propagação de uma verdadeira filantropia. Essa filantropia, quando de cariz material, não é apregoada, como mandam os princípios Maçónicos. Não raras vezes, os próprios beneficiários não sabem quem a pratica “Não deverá saber a tua mão esquerda, o que faz a tua mão direita”.
Por divisa, honra-se por deter o sentido claro e a carga simbólica de “POR BEM !“ Por isso se impõe a todo o maçom o dever de auxiliar, esclarecer e proteger os fracos e, em todas as circunstâncias, lutar contra as injustiças e contra a adversidade.
A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito pelas opiniões e crenças de cada um, interditando todas as discussões políticas ou religiosas, a fim de constituir um centro permanente de união fraterna onde reina a tolerância e a harmonia perfeita. Só assim se pode constituir como uma associação de homens livres, fraternal e ecuménica, onde coexistem os mais diversos credos religiosos e as mais díspares convicções e filiações partidárias.
Sendo uma associação discreta (não secreta), a Maçonaria está em Portugal, legal e regularmente constituída de acordo com as leis vigentes. É certo que a Maçonaria não é uma associação de massas, à qual possam pertencer todas as pessoas que o desejem. Na verdade, só são admitidas pessoas livres e de bons costumes, gente da mais perfeita reputação e honra, que se comprometem a pôr em prática um ideal de paz e uma prática de fraternidade para todos.
Nas suas sessões ritualisticas, os maçons tornam as suas obrigações sobre um volume da Lei Sagrada, a Bíblia, a fim de dar ao juramento prestado, o carácter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.
Embora a existência da Maçonaria operativa, ligada aos construtores dos templos se perca nas brumas da antiguidade, destacando-se a construção do Templo de Salomão, a Maçonaria especulativa só surge no início do Sec. XVIII. Estima-se que existam em todo o mundo onze milhões de maçons. Em Portugal pensa-se existirem alguns milhares, não chegando certamente aos cinco mil.
As contribuições para a melhoria da humanidade têm a mão de maçons. São disso exemplo: a Carta das Nações Unidas, a Carta dos Direitos do Homem, a carta dos Direitos da Criança, a constituição dos Estados Unidos da América, que ostenta símbolos maçónicos na sua nota de um dólar, a constituição da República Federal do Brasil, tendo sido D. Pedro I o primeiro Grão Mestre nesse país. Pertencem ou pertenceram à maçonaria as pessoas das mais variadas classes sociais e as figuras mais marcantes da sociedade, em campos como a ciência, a literatura, a medicina, a física, a música, etc. Os mais altos magistrados das nações foram ou são maçons tendo sido também maçons um número significativo de clérigos.
Dos grandes nomes de portugueses que ficaram ligados à maçonaria, destacamos: Afonso Costa, Alexandre Herculano, Antero de Quental, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco, António Augusto de Aguiar, António José de Almeida, Bernardino Machado, Egas Moniz, D. Pedro IV, Gago Coutinho, Lima de Freitas, Rodrigues de Freitas, José Fontana, Passos Manuel, Vitorino Nemésio, Sidónio Pais, Brito Camacho, Norton de Matos, Miguel Bombarda, Teófilo Braga, Raul Rego, General Gomes Freire de Andrade, Duque de Saldanha, Sá da Bandeira, Costa Cabral, Ferreira Borges, Barbosa Du Bocage, Bissaia Barreto, Rafael Bordalo Pinheiro, padre José Joaquim Monteiro de Carvalho Oliveira, o arcebispo de Évora em 1850, cónego de Coimbra Simão de Cordes Brandão de Ataíde, frei José Liberato Freire de Carvalho, frei Francisco de São Luís, frei Patrício da Silva, padre José Ferrão de Mendonça e Sousa, abade Correia da Serra, cónego João Travassos, o bispo de Viseu D. António Alves Martins, o cardeal José da Costa Nunes, etc, etc.
Numa rápida investigação efectuada, detectamos a atribuição de 29 prémios Nobel, a maçons, dos quais 13 prémios Nobel da Paz, 4 da Medicina, 7 da Literatura, 2 da Física e 3 da Química. Na música, houve figuras de relevo, de que se destacaram: Jahann Christian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven. Sendo impossível referir os milhões de maçons que contribuíram para a melhoria da humanidade, terminamos essa referência com os nomes de Charles Chaplin, Oscar Wilde , Benjamim Franklin, George Washington e mais treze presidentes dos E.U.A, Henry Ford, André Citroên, Napoleão Bonaparte, Reis Eduardo VII, Jorge IV e Jorge VI de Inglaterra, Leopoldo I da Bélgica, Frederico II da Prússia, Voltaire, William Shakespeare, Walt Disney e Winston Churchill.
Como se trata de uma associação discreta, só são divulgados os nomes de maçons já falecidos, ou, de actuais maçons se isso for da sua vontade. Nenhum Irmão divulgará o nome de outro porque a isso se comprometeu por juramento. Não é portanto fácil identificar um maçom que o não deseje, mas, caro leitor, em face do acima exposto: se encontrar uma pessoa tolerante, fraterna, amante da sua pátria, sempre disponível para ajudar e proteger os outros mesmo com prejuízo pessoal, amante do seu trabalho, respeitador das crenças e opiniões dos outros, então possivelmente estará na presença de um maçom.
Nuno Vicente – Investigador em Sociologia"
Falo nisto ainda a propósito do meu "post" anterior relativo a, Tamagnini Barbosa.
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