Tuesday, October 28, 2008

Imagem reeditada de um sonho ao dormitar ao meio dia



Subitamente
Sinto-me antigo

Num repente.

Subitamente!
De imagens perseguido

Revejo a preto e branco de criança o meu mundo

No fundo

Apenas o transporto comigo

Sou eu menino adulto e velho a cogitar

Os tempos da infância dão que pensar.

Não dão?

Que noites mal dormidas (sonhos mil)
Me fazem recordar
Ciclicamente
Esta imagem de Leomil

Exactamente
(Cerca de um segundo
Antes de acordar)

Revolvo-me na cama.

Não quero despertar

À madrugada nada me chama

Não! Não é a preto e branco o mundo.
A realidade são cores
E ruídos de vida
O resto sou eu nesta jornada de formas e fundos incolores

Deixem-me dormir
Sinto-me doente
Não interrompam o meu sono profundo
Declaro-me desde hoje definitivamente
Da vida a cores ausente
Deste presente universo
Anseio o reverso
Quero adormecer de novo e sumir deste mundo.

Pelo menos durante mais um momento.
Faltam cerca de cinco minutos para acordar
É dia de semana e tenho que trabalhar.
Na verdade giro entre a felicidade de dormir e o tormento
De despertar

Sereno deixo-me ficar na cama
Mas a vida chama
Eu sei que tenho que que me levantar
Mas é tão bom ficar entre lençois a sonhar
É como um unguento.

Devo dizer que sonho sempre em tons de cinzento.

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