Wednesday, October 22, 2008

Esta era a Força Aérea Portuguesa em que eu voava


Máquinas voadoras

Máquinas velhas voadoras
Exímias em gargarejos
Construções aterradoras
Parentes de caranguejos
Pinturas despenteadas
Arames, cola “patex”
Bússolas descompensadas
Instrumetos todos “lex”
Estão “VH efes inops”
E “H efes” no galheiro
Nem TEVS, TGER, ou ZOPS
Aviões p’ro estaleiro
JG, Angola, 1972

Nestes aviões voei não sei quantas vezes. Com o Matos de Espinho (com o qual tive a minha primeira emergência aérea. O motor parou e sabe-se lá o que teria acontecido se quando o dito motor quando o avião já rasava as árvores cá em baixo não tivesse pegado de novo. O élice retomou as rotações, o avião voltou à atitude de cruzeiro e sobrevivemos), com O Tex (Teixeira)da Figueira da Foz outro amigo. Foi ele que me largou nos horizontes dos céus.Foi com ele que fiz as minha primeiras descolagens e aterragens por mim próprio em Angola (Gago Coutinho). Com o Patrício de Paredes de Coura, com o qual para saudar o quartel de Cangamba fizemos voo razante de saudação ao belo almoço que alí nos tinha sido oferecido acabando por cortar os fios de electricidade do quartel com as rodas do trem de aterragem o que provocou a ira dos terrestres (soubemos nós depois)com o Dias de Lisboa meu amigo do peito e basquetebolista emérito do Sport Algés e Dafundo. Este meu amigo acabaria por morrer num acidente de viação (não de aviação)num BMW algures entre Lisboa e o Algarve. O Dias gostava de correr contra o destino, mas não teve sorte.
São tantos camaradas da Força Aérea que hoje recordo a bordo deste Dornier 27, máquina velha voadara...

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