Friday, November 7, 2008

Monsenhor Manuel Teixeira. Caricatura de J.Guedes

" Citação da Wikipédia"
Monsenhor Manuel Teixeira (1912-2003) foi um famoso historiador português de Macau e um sacerdote católico. Viveu grande parte da sua vida em Macau e contribuiu bastante nas áreas de missionação, de educação e do estudo da história. Deixou uma grande quantidade de informação valiosa sobre a História daquela terra e sobre a História da Diocese de Macau. O seu trabalho e empenho foram reconhecidos pelas sociedades de Portugal e de Macau.

Vida

Nasceu no dia 15 de Abril de 1912, no Freixo de Espada à Cinta, em Trás-os-Montes, Portugal. Em 1924, após a conclusão da instrução primária na sua terra natal, partiu para Macau, onde ingressou no Seminário de S. José. Foi na Igreja do Seminário de S. José que ele recebeu a Ordem sacerdotal no dia 29 de Outubro de 1934. Nesse mesmo ano, tornou-se pároco de S. Lourenço, cargo que desempenhou até 1946.
Aos 22 anos, começou a dirigir o “Boletim Eclesiástico da Diocese de Macau” e, sob a sua direcção, que durou 13 anos, o Boletim tornou-se numa publicação internacionalmente conhecida, graças também ao importante contributo de outras pessoas prestigiosas como José M. Braga e Charles Ralph Boxer.
Em 1942, fundou a revista mensal “O Clarim” e foi tamém co-fundador do semanário “União”. Nas décadas de 70 e 80, foi director dos “Arquivos de Macau” e do “Boletim do Instituto Luís de Camões”.
Entre 1932 e 1970, ele foi também professor no Seminário de São José, no Colégio de São José, na Escola Comercial Pedro Nolasco e no Liceu Nacional Infante D. Henrique.
Em 1948, parte para Singapura como missionário e Vigário Geral das Missões Portuguesas de Singapura e Malaca. Lá, organizou várias instituições religiosas e fundou a revista de língua inglesa “Rally”.
O Padre Manuel Teixeira foi um importante e reconhecido historiador de Macau e empenhou-se tanto que publicou 123 livros de investigação histórica. Foi também um importante investigador da presença portuguesa no Oriente. Recebeu em 1981 e 1983, respectivamente, o prémio de História da Fundação Calouste Gulbenkian pelas suas obras “Os Militares em Macau” e “Toponímia de Macau”.
Em 1982, devido à sua popularidade, foi proclamado Figura do Ano em Macau. Em 1984, instituiu a "Fundação Padre Teixeira", um fundo de apoio aos estudantes pobres de Macau e cujo capital excede já o montante de 600 mil dólares de Hong-Kong.
Regressou a Portugal a 16 de Maio de 2001, onde veio a falecer no dia 15 de Setembro de 2003, aos 91 anos, em Chaves.


O já idoso monsenhor Manuel Teixeira (na esquerda da foto) recebendo das mãos de Jorge Sampaio (na direita da foto) a insígnia de Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, no dia 18 de Dezembro de 1999.
Monsenhor Manuel Teixeira foi membro da Associação Internacional de Historiadores da Ásia, da Academia Portuguesa de História e da Academia Portuguesa de Marinha, sócio-correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa, sócio da Sociedade Científica Católica Portuguesa, vogal do Centro de Estudos Históricos Ultramarinos, vogal do Conselho da Universidade da Ásia Oriental.
Honras e Condecorações
Em 1952, o Governo Português agraciou-o com o grau de Oficial da Ordem do Império Colonial.
Em 1974, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique e, em 1985, com a Medalha de Valor. A 10 de Junho de 1989 foi condecorado, pelo então Presidente da República Portuguesa, Dr. Mário Soares, com a Comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada. Em 1996, foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. No dia 18 de Dezembro de 1999, dois dias antes da transferência de soberania de Macau para a República Popular da China, ele, comovido, recebeu das mãos do então Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, a insígnia da Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada.
Monsenhor Manuel Teixeira era também Doutor Honoris Causa em Letras da Universidade da Ásia Oriental.

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