Monday, November 3, 2008

Dr. José D'Almeida o fundador de Singapura de que ninguém se lembra. Foi o pré inventor do plástico

Um médico liberal, de S. Pedro do Sul, que revolucionou Macau em 1822,(contra os absolutistas) perdeu a guerra, fugiu para a Índia inglesa e acabou por fundar com Raffles, Singapura.
Um excerto que fica:


What tree changed the way the world communicated?
By Chelsie Vandaveer
April 9, 2002
Suggested Reading: Click here.
In May 1819, an assistant surgeon in the British army, Dr. William Montgomerie, was stationed with the East India Company in Singapore. Sometime before 1824, a Portuguese warship stopped in Singapore. The ship's surgeon, Dr. Jose d'Almeida decided to stay. D'Almeida set up a trading company and bought land for plantations.
Montgomerie and d'Almeida became interested in the resin of the getah tree (Palaquium gutta Burck) [pa lay' kwee um gut' ta] that natives collected and shaped into handles for riding crops and tools. Odd stuff, it hardened upon exposure to air, but put into hot water, it softened. It would take any shape one gave it.
D'Almeida and Montgomerie experimented with the resin. In 1843, the doctors sent samples to the Royal Society of Arts in London. They had 'discovered' natural plastic.
Europe was ready for the resin, gutta-percha. A number of inventors were working on what would become the telegraph. But the wires put up to send electrical currents shorted in rain and were useless underwater. Gutta-percha did not conduct electricity, could be heated and extruded around the wire, and did not break down when wet. E assim foi descoberto também o isolador de corrente eléctrica.

Pequena nota: -
By the end of 1821, there were only 12 or 13 Catholics in Singapore. By 1829, they numbered 200, all under the care of Father Maia. As he had no church or chapel, he said Mass in the house of his friend, Dr Jose d'Almeida, at Beach Road, where the present Raffles Hotel now stands.
É que o padre Maia tinha tal como ele fugido de Macau devido á perseguição miguelista de 1822. O Padre maia deixou o Seminário de S. José de Macau órfão de docentes qualificados. O Dr. José d'Ameida deixou Macau órfão de médicos qualificados.


Convém acrescentar que à guta percha o Dr. José d'Ameida conseguiu também produzir um novo tipo de banana cruzando diversas espécies deste fruto e obtendo uma inovadora geração que actualmente se vende por todo o mundo e se chama banana d'Ameida.

Para além de todos estes feito botânicos o médico e farmaceutico também foi jornalista e fundou o primeiro jornal de Singapura. Chama-se "The Straits Time" e continua ainda hoje a ser o jornal mais influente e de maior circulação naquela cidade estado. O jornal manteve-se nas mãos da família Almeida durante duas gerações até ser dividido por acções e actualmente possuido por uma sociedade anónima.

O Dr. José d'Almeida figura em cêra no museu de história de Singapura vestido de casaca vermelha em posição proeminente.

Quando encontrar um retracto do dito cirurgião farmaceutico (e por que não inventor) aqui a publicarei. Tenho-o no meu computador, mas não sei onde. Fica para um próximo post.


Post Sript. Falta dizer de o Dr. José d'Almeida não arribou a Singapura em nénhum navio português. De facto este médico fugiu de Macau para Calcutá (na Índia) alí encontrando Raffles que preparava a ocupação e transformação de Singapura num entreposto internacional e que o convidou a partir com ele nessa aventura como médico e farmaceutico, já que a cidade carecia de um "físico" licenciado por uma universidade de renome e Coimbra era de renome internacional. Assim O Dr. José d'Almeida arribou a Singapura num navio inglês com o dito Raffles e um coronel também inglês cujo nome não me ocorre agora, mas que também figura em cêra no museu juntamente com Raffles e d'Almeida.
João Guedes tem um artigo sobre esta figura interessante da história portuguesa ultramarina do século XIX na revista Macau se o quiser consultar. Igualmente o Pe Teixeira também a ele se refere num dos seus tomos da Toponímia de Macau. O Pe Videira Pires fala sobre ele embora "en passant" na sua história da revolução liberal de Macau num dos fascículos da há muito extinta revista "Religião e Pátria".

Post, Post Script: Não me consta que S. Pedro do Sul alguma vez se tenha debruçado sobre a biografia deste seu filho que tão proeminentemente se projectou na história lusófona ultramarina.

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