Mais recordações de infância.
Tinha quatro ou cinco anos quando este nevão aconteceu.
Ninguém se lembra hoje desse ano (provavelmente nem sequer o povo de hoje de S. Cosmado?...)
Hoje as notícias dizem que o clima isto e aquilo. Mas nesse ano e momento nevou, nevou, e nevou, como nunca tinha nevado antes. Ninguém se lembrava de um nevão assim. Dizem hoje que em S. Cosmado, já não neva como dantes. Se calhar não... Mas que era bonito era.
Para Quem não saiba relembro que S. Cosmado fica na Beira Alta, distrito de Viseu, Concelho de Armamar.
Friday, December 28, 2007
Esboço do meu cão
É melhor do que uma fotografia.
A fotografia é química e fria
Transmite realidade mas é vazia
De interacção
De amor
E de emoção.
Os traços da minha caneta
De cor preta
De tinta da China
Fina
Formam-lhe o perfil
Por acaso
Num Coloane de ocaso
Esbocei os traços do meu cão
Exactamente no dia vinte e cinco de Abril.
Ocasião?
Nem foi por acaso
Nem por querer
Foi assim
Ao ver
Um Sol a perecer
Anil e raso
Diariamente o Sol fenece e amanhece para mim.
Acho que desde que nasci tem sido sempre assim.
E acho que nesta ocasião
Esbocei
Os traços finos do meu cão
Da melhor maneira
Que sei
Mais real?
Sim!
Assim,
Mais natural
Do que em qualquer fotografia.
Nem por acaso
Nem por querer
Eis os traços esboçados
Do meu cão labrador
Guardador
Dos meus medos escondidos, guardados
E sublimados.
Ele, meu cão.
Guarda-me em qualquer ocasião
Mesmo quando se projecta
Através da minha caneta
Numa teoria
Estética
Esboço de situação
Filosofia emética.
O meu cão!
Dono e cão
Nesta situação
Somos seres semelhantes
Redundantes
Ora, ora...!
É o meu cão
Amigo em qualquer situação.
A fotografia é química e fria
Transmite realidade mas é vazia
De interacção
De amor
E de emoção.
Os traços da minha caneta
De cor preta
De tinta da China
Fina
Formam-lhe o perfil
Por acaso
Num Coloane de ocaso
Esbocei os traços do meu cão
Exactamente no dia vinte e cinco de Abril.
Ocasião?
Nem foi por acaso
Nem por querer
Foi assim
Ao ver
Um Sol a perecer
Anil e raso
Diariamente o Sol fenece e amanhece para mim.
Acho que desde que nasci tem sido sempre assim.
E acho que nesta ocasião
Esbocei
Os traços finos do meu cão
Da melhor maneira
Que sei
Mais real?
Sim!
Assim,
Mais natural
Do que em qualquer fotografia.
Nem por acaso
Nem por querer
Eis os traços esboçados
Do meu cão labrador
Guardador
Dos meus medos escondidos, guardados
E sublimados.
Ele, meu cão.
Guarda-me em qualquer ocasião
Mesmo quando se projecta
Através da minha caneta
Numa teoria
Estética
Esboço de situação
Filosofia emética.
O meu cão!
Dono e cão
Nesta situação
Somos seres semelhantes
Redundantes
Ora, ora...!
É o meu cão
Amigo em qualquer situação.
Cão, meu, amigo
Já estou os sapatos a calçar
Vais comigo
Vou-me de alguma preguiça libertar.
Meu cão vamos os dois passear.
II
Acabado de passear
Sob um céu azul de anil
Pergunta o meu cão do fundo do seu olhar
O que é que tem a vêr a passeata com o 25 de Abril?
E eu respondo: Nada
É apenas uma recordação datada
Uma ocasião
passada
Uma remomoração
Neste ocaso de ocasião.
Não foi nada.
Cão!...
Não foi nada!...
Vamos embora.
Agora
"Baza"
Tú e eu
Acabou a passeata vamos para casa.
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